Em 2014, o Brasil vai sediar pela segunda vez na história - a primeira foi em 1950 - o Mundial de futebol, um dos maiores eventos esportivos do mundo. Detentor de cinco títulos mundiais dentro do campo, o país tem agora que provar que é capaz de planejar e executar inúmeras obras de infraestrutura para atender atletas, jornalistas e, principalmente, turistas. Mais que isso, o Brasil tem pela frente o que pode ser uma "década de ouro" - até 2016, vai receber cinco grandes eventos esportivos.
Um ano antes do Mundial de futebol ocorre a Copa das Confederações, uma espécie de teste para a Copa do Mundo. Em 2011, o Rio de Janeiro recebeu os Jogos Mundiais Militares, com aproximadamente de R$ 1 bilhão em investimento. Cinco anos depois, em 2016, ocorrem as Olimpíadas e Paraolimpíadas, também na capital carioca.
E o Esporte no Brasil, será que vai bem?
Temos visto muita dificuldade enfrentada por várias modalidades esportivas, essas sempre relacionadas a verba para poder participar das competições, para que clubes sobrevivam e prosperem, para que atletas possam mostrar seu potencial.
O que estamos assistindo é o exemplo do futebol feminino, que tem atletas brilhantes, mas que lutam sozinhas, sem um incentivo de base, sem um apoio na preparação para os campeonatos.
Temos visto muitas escolas de base, serem fechadas, como exemplo das Sereias da Vila, em Santos, e também no Fluminense do Rio. Crianças e adolescentes verem seus sonhos acabarem.
Também podemos ver, clubes ligados ao futebol amador e profissional, serem obrigados a paralisarem suas atividades, por falta de incentivo do governo, falta de incentivo das empresas.
Será que o Brasil está preparado para receber esses eventos?
Não basta reformarem ou construírem estádios, sim, infraestrutura é importante, mas esses eventos são feitos de pessoas. Pessoas que precisam de apoio e treinamento. Precisam sobreviver. Precisam ser valorizadas, estimuladas e apoiadas pelo governo e pelas empresas do Brasil.
Infelizmente a radiografia do Esporte no Brasil, não é boa. Falta muito para se atingir um estágio considerado bom. Enquanto isso, atletas são obrigados a se manterem paralelos ao esporte. E muitos talvez desistirão de seguirem esse caminho.
Quantos jovens vão desistir do caminho do esporte e escolherem as drogas, o mundo sem volta da marginalidade? O Esporte é vida, o esporte é saúde, o esporte traz consigo auto-estima e valorização dos princípios.
Alguns ainda falam: “O problema não é meu.” Mas quando alguma coisa atinge a ele ou a família, como um assalto, um filho que é levado para o mundo das drogas, um parente que é assassinado, aí o problema é dele também. A violência bate à sua porta, e poderia ser prevenida, com a ocupação desses jovens e o estímulo, que fica mais em conta a prevenção do que depois tentar tirá-los desse mundo quando já é tarde.
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